segunda-feira, 7 de junho de 2010

O Universo




Deixando de lado o criacionismo e todas as narrativas religiosas sobre a criação do universo, a teoria mais aceita é a do Big Bang. Há cerca de 14 bilhões de anos, toda a matéria e energia do universo estavam concentradas num único ponto extremamente pequeno, quente e denso. “Aliás, dizer que era um ponto pode dar a impressão errada de que havia alguma coisa em volta, quando na verdade o ‘ponto’ era tudo o que existia ”, afirma o cosmólogo Mário Novello, pesquisador do CBPF (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas).

Aparentemente, flutuações minúsculas dentro dessa região espalharam seu conteúdo por todas as direções com violência inimaginável – é o que se costuma chamar de Big Bang, a “explosão” que, de acordo com a maior parte dos físicos, gerou a matéria, a energia, o tempo e o espaço. Não haveria sentido falar em “antes” do Big Bang. A primeira expansão teria sido a mais violenta – o que os cientistas chamam de “universo inflacionário” – uma bolha que cresceu rapidamente, definindo as “fronteiras” daquilo que existe. “Não haveria sequer sentido em falar do que está fora dessa bolha – seria o inobservável, o além”, diz Novello.

Pouco a pouco, depois da primeira inflação, o conteúdo absurdamente energético da expansão começou a formar os primeiros núcleos atômicos leves, de elementos como o hidrogênio e o hélio. O primeiro bilhão de anos do universo presenciou o surgimento das galáxias. Com as primeiras supernovas, a formação de elementos atômicos mais pesados – como carbono e ferro – plantou as sementes para o surgimento do Sistema Solar e da vida aqui na Terra.

Há quem aponte problemas nessa visão aparentemente simples da criação. Se o Big Bang foi realmente o início de tudo, uma região com temperatura infinita e densidade infinita, então as leis da física não se aplicariam a ele – o que é uma inconsistência, porque elas deveriam valer para qualquer momento do universo. É por isso que pesquisadores como Novello sugerem que o Big Bang seja parte de um ciclo, e não o real começo de tudo – mas as duas hipóteses, obviamente, ainda precisam ser provadas.


COMPOSIÇÃO DO UNIVERSO


O que temos à nossa volta? Analisando bem, vamos perceber que temos uma infinidade de objetos, objetos estes que são formados basicamente por átomos. Aprimorando nosso pensamento, perceberemos que estamos imersos também em uma infinidade de ondas eletromagnéticas (luz, rádio, TV, microondas, etc). À radiação, está associado o fóton. E, por fim, existem certas reações nucleares que ocorrem em estrelas que têm como subproduto os neutrinos, ou seja, partículas com massa muito pequena e que interagem muito fracamente com a matéria. Os neutrinos produzidos em diversas regiões do espaço estão transitando por todo ele a todo instante. Neste exato momento, milhões de neutrinos atravessam nossos corpos sem que percebamos...

A princípio poderíamos supor que o universo também é constituído basicamente destes três elementos: átomos, fótons e neutrinos. Mas em 1930, o astrônomo suíço Fritz Zwicky, estudando o comportamento dinâmico de galáxias e a influência da massa delas para o efeito de lentes gravitacionais, concluiu que a massa de uma galáxia é cerca de 100 vezes maior que a soma das massas dos seus componentes. Esta matéria excedente, por sua vez, estende-se à dimensões muito maiores que a da galáxia em si e não interage com a radiação luminosa, ou seja, não nos é visível. Por isso, recebeu o nome de Matéria Escura. Suspeita-se que este novo tipo de matéria seja constituída por uma nova partícula elementar, mas esta ainda não foi detectada. Espera-se que com novos avanços em aceleradores de partículas possa ser possível descobrir o constituinte fundamental da matéria escura.

Mas a natureza ainda tinha uma carta na manga... Em 1998 uma grande descoberta teve lugar na área da cosmologia e astronomia: o universo está em expansão, mas a expansão é acelerada! Então foi de extrema necessidade admitir que existe um meio muito tênue que permeia todo o espaço... Este meio tem propriedades exóticas, como por exemplo, uma grande pressão negativa, que causa o efeito de antigravidade e acelera expansivamente as estruturas do universo. A este meio chamou-se Energia Escura.

O mais curioso nos estudos feitos na tentativa de explicar a expansão do universo é que a maioria deles vêm no sentido de ter que acrescentar uma constante cosmológica às equações que está relacionada a uma certa densidade de energia associada ao vácuo. E, portanto, volta-se à idéia de Einstein... Não é a mesma constante, mas a necessidade que nós temos para acrescentar a nossa é a mesma que ele tinha quando acrescentou a dele, ou seja, ajustar o modelo àquilo que precisamos.

Outro fato bastante curioso é que, através de cálculos envolvendo principalmente a dinâmica das galáxias, pode-se estimar a divisão da matéria do universo e fica claro que somente 4% da matéria dele são responsabilidade dos átomos! Menos de 1% são dos neutrinos e fótons, 22% de matéria escura e 74% de energia escura.

Observe que nada está pronto e finalizado no estudo da cosmologia. Vivemos em uma grande época, onde temos oportunidade de pesquisar, e quem sabe até mesmo modificar o modelo que estamos considerando verdadeiro. Ainda há muito o que fazer e o que descobrir...


OS ASTROS



O universo é formado por vários astros, sendo eles nove planetas, as estrelas, os satélites, os cometas e os asteróides e meteoritos. Alguns desses astros possuem luz própria outros não.

Como o sol está localizado no centro do sistema solar, os planetas giram em torno dele. Não têm luz própria e são iluminados pela luz solar, como a Terra. Os nove planetas do sistema solar são Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão. Alguns pesquisadores consideram um nono planeta, de nome Sedna, que aparece em órbita logo após Plutão.

As estrelas são astros que tem luz própria, sendo que a mais importante delas é o sol, pois ilumina todo o sistema solar.

À noite podemos ver a enorme quantidade de estrelas existentes no universo, elas apresentam diferentes tamanhos, sendo que algumas são maiores que o sol. Porém, aos nossos olhos, o sol parece maior que todas elas, em razão da sua proximidade com a Terra.

Os satélites são luas, corpos menores do sistema solar e não possuem luz própria. A lua é um satélite da Terra.

Os cometas são corpos pequenos, compostos por rochas e gelo. Da Terra podemos ver quando um cometa se move, pois quando passa perto do sol é aquecido, fazendo com que o gelo que possui vire gás incandescente, tornando-se luminoso. Esse gás é o mesmo que aparece nas lâmpadas frias.

Os asteróides e meteoróides são pequenos pedaços de rochas, que também ficam girando na órbita espacial e ao redor do sol. São atraídos pela Terra e alguns deles entram na atmosfera em alta velocidade, fazendo com que se aqueçam, se queimem, podendo ser vistos a olhos nu. Quando isso acontece recebem o nome de estrela cadente. Já do meteoróide que não é totalmente queimado no espaço, os pedaços que sobram caem na superfície terrestre e são chamados de meteoritos.

Por Jussara de Barros
Pedagoga
Equipe Escola Kids

Obs: Plutão não é considerado mais um planeta , mas sim , um planeta anão.


CRIACIONISTAS x EVOLUCIONISTAS






Segundo o pai da psicanálise Sigmund Freud, a humanidade enfrentou dois grandes golpes em sua auto-estima. “O primeiro foi constatar que a Terra não é o centro do Universo. E o segundo quando a biologia desmentiu a natureza especial do homem e o relegou à posição de mero descendente do mundo animal”. Exagero? De acordo com as pesquisas, não. Na Inglaterra, por exemplo, país natal de Charles Darwin, uma em cada quatro pessoas considera que as suas idéias eram uma enganação. Já nos Estados Unidos, uma em cada duas pessoas acredita que somos fruto da criação divina. Resultado curioso para duas sociedades líderes em produção científica.

Mas, em 1920, Freud já sabia o porquê dessa repulsa às idéias de Darwin: admitir que o homem pode ser um simples fruto do acaso é demais para as sociedades. Por isso, 150 anos depois de sua apresentação, a teoria da seleção natural surge com força total e vai parar, inclusive, em tribunais de justiça nos EUA.

De um lado, os evolucionistas, que se baseiam na seleção natural, ou seja, na teoria de que as espécies evoluem ao longo de eras, sofrendo mutações aleatórias, que são transmitidas aos seus descendentes. Do outro, os criacionistas que seguem os preceitos descritos na Gênesis.

Esse embate não faz sentido para a Professora do Museu de Zoologia da USP, Maria Isabel Landim. “O conflito é restrito aos setores fundamentalistas de algumas religiões. Nós sabemos que a leitura literal da Bíblia não é recomendada pela Igreja Católica, que convive bem com o conhecimento científico. Gostaria que essa questão não interferisse no ensino deficiente em ciências”.

Mas não é o que vem acontecendo. Nos últimos anos, muitas escolas americanas de ensino fundamental e médio substituíram os ensinamentos de Darwin pelo criacionismo nas aulas de ciências e biologia. Vários estados americanos já criaram leis que determinam que as escolas ensinem o criacionismo ao lado da Teoria da Evolução. A manobra é motivo de processo judicial por parte de pais de alunos, que normalmente são derrotados nas decisões dos juízes.

No Brasil, a polêmica também existe. As escolas ligadas a instituições religiosas sempre ensinaram o criacionismo. Atualmente, a maioria das escolas mantidas por confissões evangélicas também ensina o criacionismo nas aulas de ciências e biologia. Prova disso é a eliminação da Teoria da Evolução de um livro didático de ciências editado por uma das 56 editoras mantidas pela igreja: “muitos ensinam a evolução como se ela fosse um fato cientificamente comprovado. Isso não é verdade, nem honesto, já que não se podem comprovar cientificamente as origens da vida”. O Ministério da Educação informa que não pode proibir o ensino do criacionismo, mas exige que os livros didáticos apresentem as duas versões.

Sobre essa disputa acirrada entre as correntes que desejam explicar a origem da espécie, o Professor Titular da Faculdade de Educação da USP, Nelio Bizzo, lembra: “Darwin termina o livro falando que um criador poderia ter criado uma ou algumas formas de vida primordiais e estas seguiram seu curso. Darwin acreditava em um mundo governado por leis naturais, não por entidades divinas que regulam o chocar dos ovos em todos os ninhos”. Talvez este embate centenário não agradasse seu criador, que era profundamente religioso e chegou a se preparar para ser pastor da Igreja Anglicana.

Aliás, houve um tempo em que ciência e religião caminhavam de mãos dadas. E ao que tudo indica, o Vaticano acena com uma bandeira branca. Em março, será organizado o simpósio “Evolução biológica: fatos e teorias - uma avaliação crítica 150 anos depois de A Origem das Espécies”.

Isabel Landim lembra que vários cientistas são religiosos. “Muitos colegas professam suas religiões sem grandes conflitos. O que não funciona é misturar as esferas. Se você tem uma leitura literal dos textos sagrados, terá dificuldade em ser um bom cientista. Se você compreende que o nosso conhecimento sobre a natureza não é ofensivo e nem aniquilador de sua religiosidade e que atuam em esferas distintas da sua vivência diária, não há porque temer a evolução”.

Talvez, portanto, a disputa entre evolucionistas e criacionistas não seja uma questão de fé, mas sim de acesso à informação. Tanto que nos EUA o bordão do momento é a “liberdade acadêmica”. Em maio de 2008, foi lançado um filme em apoio às idéias criacionistas chamado ““Expelled: No intelligence allowed”, que foi massacrado pela crítica.


Fontes e indicações:

http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/temas-especiais-19c.asp
http://super.abril.com.br/tecnologia/como-se-formou-universo-444120.shtml
http://www.lucalm.hpg.ig.com.br/mat_esp/big_bang/big_bang.htm
http://www.grupoescolar.com/a/b/7A9B3.jpg
http://www.ced.ufsc.br/men5185/trabalhos/48_Cosmologia/composicao.htm
http://cftc.cii.fc.ul.pt/PRISMA/capitulos/capitulo1/modulo3/topico3.php
http://www.portaldoastronomo.org/images/autotemas/nuclio_tm_1138619448_3436943.jpg
http://cienciadiaria.com.br/wp-content/uploads/2010/04/elemento117.jpg
http://noticias.terra.com.br/retrospectiva2007/interna/0,,OI2122900-EI10677,00.html
http://pt.wikibooks.org/wiki/Universo_em_que_vivemos/Astros/O_que_s%C3%A3o_buracos_negros%3F
http://www.escolakids.com/o-universo-e-seus-astros.htm
http://www.vocesabia.net/ciencia/curiosidades-sobre-o-universo/
http://cftc.cii.fc.ul.pt/PRISMA/capitulos/capitulo1/modulo3/topico1.php

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